terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A Santa Missa

A Santa Misssa. Seus olhos, de ambos, conheceram-se antes de tudo, mas não perceberam simultaneamente. Os dele viram-na primeiro. Os dela talvez. Talvez. Talvez não com o mesmo vigor. A Santa Misssa, o domingo, tornou-se, então, o dia mais esperado. Era o dia dos olhos receberem a graça divina, além da alma. Como de costume, trocávamos somente olhares. Mas um dia: a epifania. Toda a graça dos céus, toda luz do mundo invadiu-me o peito e dissipou-se por todo meu corpo. Ela deu-me um sorriso. Tímido. Mas deu-me um sorriso. O único. O mais lindo. Indiscutivelmente. Aquele sorriso valeu-me mais que mil orações, mil homilias. O Evangelho do dia para mim foi o Evangelho do Santo Sorriso, todos os capítulos, todos os versículos. Glória a Vós, Senhor.
Já na fila para receber o corpo de Cristo, junto às devotas e outros fiéis, estava eu, sempre a olhar sua figura mais que divina. Ela passou por mim e ouvi o coral de anjos regozijando com toda glória. O Ministro da Eucaristia:

- Corpo de Cristo. E no mesmo instante, ela deu-me um “bom dia”. Fiquei tão confuso que disse:

- Amém, para ela.
- Bom dia, para a hóstia.

Que o Senhor Jesus Cristo não me ouça os pensamentos e tampouco leia tais escritos. Mas, daquele momento em diante, comunguei o “bom dia” como o Seu próprio.

- Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

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