sexta-feira, 30 de setembro de 2011

um sorriso de qualquer cor

Ele, mesmo com toda fama, com toda banca, com toda pompa, toda certeza, toda beleza, com toda festa, com toda reza, com todo nexo, com todo verbo, com todo sexo, com todo ele, sentia algo diferente em seu universo particular. Era como se ele estivesse dendum ônibus. E do fundo, pelo vidro, visse imóvel a figura humana sumir por entre o vazio da estrada, até ser engolida pelo infinito. Era uma sensação: um estado diferente. Era como uma fotografia amassada nas mãos e um buraco do presente em diante. O amanhã imprevisto, sem agenda. Era mesmo uma viagem a um lugar qual nem tem dimensão. Lhe foi comprada a passagem. Ele foi. Ele se-foi.

Esperando um sorriso de qualquer cor.

Dando um sorriso com toda cor.