*Para se ler ouvindo Malemolência, da Céu.
Seu riso plano, sua boca aberta em riso largo, grande.
O riso quadrático inverte a ordem do comum.
E ao invés de estar dentro, fora se faz
TODO
emoldurando o quadrado duro da fotografia lisa.
TODO
emoldurando o quadrado duro da fotografia lisa.
Riso-fotográfico.
Topogáfico.
A fotografia não é nada sem esse riso-tudo. Todo.Todo esse riso: Sorriso. Só-riso.
A boca. O rosto da boca e não o contrário. Aquela boca tem um rosto. Aquela boca tem olhos grandes,áqueo-tremeluzentes.
Boca, por ora, sem voz. Mas que se diz em imagem. Aquela boca se diz sem a voz.
Os meus olhos tolos, olhos de bobo esperam. Esperam pela aparição da imagem-boca no (quase)quadrado plano iluminado da tela-apática.
Boca-telepática.
Os meus olhos tolos, olhos de bobo esperam como uma epifania o nome da boca diante dos olhos.
Enquanto os olhos de bobo esperam,
Aos ouvidos, a voz escorrega vagarosa.
Céu. Boca. O céu da boca. A boca do céu.
O azul do olho-Céu.
O corpo, antes duro, doído-doendo e doendo-se em dor de doer
des-dói-se doendo
E macio sente o gosto perigoso
e bom do primeiro passo:
do primeiro passo depois de.
Do primeiro passo depois que descobriu que.
O corpo todo cai na dança
Na roda da malemolência.
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