domingo, 30 de outubro de 2011

: todo existência.

Depois de tanto tempo. Carlos era outro: novo. Já não sentia aquela coisa toda que fazia uma tempestade avassaladora em seu peito de homem. Aquele amor todo, Nina, já não era mais tão ameaçador. Com o tempo, Carlos soube abrir as mãos e permitir a dor voar para longe. Hoje, sabe o valor de se perder e de estar perdido, para se achar. E se perder, novamente. Redescobriu o sabor das cores e o odor de uma nova paixão. Os sorrisos têm cores de dias lindos.

Aos ouvidos aquela música instrumental, do filme que lhe trouxe, novamente, a sensibilidade do corpo e a leveza da alma. Guarda com esmero as cenas em que Amelie se move para buscar a si mesma, em um mundo onde há um, dois, e muito mais matizes. Onde há um ser humano que é o seu amor, onde há a possibilidade de se estar bem, fazendo bem ao outro.

Carlos, hoje, é Amelie Poulain. Com os cinco sentidos, todo colorido e sem medo de si. Hoje, Carlos é ele mesmo, sem desistência ou resistência: todo existência.

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