sábado, 8 de outubro de 2011

Saldo de uma quase-vida

Eu deixei os meu pelos crescerem.
Eu aprendi a ser eu mesmo.
Eu me reconheci no espelho.
Aprendi a amar e a receber, principalmente.
Aprendi como se dói uma dor..
Aprendi a falar o que sinto. (descobri que falo contigo, mesmo estando sozinho. Prolongo sua presença. Você não vai embora, nunca, da minha cabeça.)
Reconheci o medo de perder aquilo que nunca tive.
Soube admirar, do canto, o teu movimento.
(Eu te olhava enquanto dormia...)
Entendi o que é um abraço. Um sorriso. Um olhar.
Descobri o gozo e o desgosto.
Sei o que significa uma mentira.
Eu encharquei com choro e morri com a luz apagada.
Aprendi a voar sem ter asas.
Soube perceber no meu rosto o riso frouxo, ao ouvir uma voz.
aprendi a ser um, porém dois.
Descobri o andar de mão dada.(e a andar só comigo também.)
Me deixei ser invadido pelo verão em pleno inverno.
Nos fins de tarde eu chovia.
Consegui não desistir.
Descobri que fui testado. Por todo o tempo.
Não desisti de sonhar enquanto doía meu estômago.
Não desisti de ser eu na primeira tentativa.

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