quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pois é

Pois é. Hoje, neste tempo presente, tô completamente desfavorecido e não pago. Nunca fui tão desnudado em toda minha vida. Tô me sentindo um passarinho preso na gaiola nossa de cada dia.

Capitalismo do Cão abre a temporada. E o próprio encardido me diz, com a boca cheia de dentes e as mãos cobertas de sangue dos meus companheiros, "Bem vindo ao lado oposto do gráfico". Deixo o meu crachá com o porteiro do edifício. Recebo um copo com cachaça e um bolo com recheio de chumbinho. Nada no bolso. Pego as mãos do Cão e esfrego no meu peito descamisado. Com o sangue dos meus oprimidos, pinto uma camisa, com um quê de socialismo.

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