Terra
quente Sol a pino
Por
debaixo das palhas
A
essência da vida
Que
pulsa em mim.
E
não mais que de repente
Eu
me vejo filho
Do
mistério das chagas
Da
flor que estoura branca
Sobre
a areia da praia.
Entre
a morte e vida severina
O
preto forte não se cansa de dançar
Cava
terra que é ele mesmo Varre o mundo xaxará.
Boca
cova do mundo
Pega
mata e come
Tal
como pássaro carcará.
Por
muitos é temido talvez pela falta do saber que morrer também vem a ser outra
forma de viver
À
ferida traz a cura Por sob o azê roxo a face oculta
Senhor
farto de Savé Veste palhas
Muitos
búzios Grande mesa o olubajé
Na
folha da mamona
O
feijão preto com dendê
Dê
licença seu moço
Silêncio
diante do rei
Porque
ao som do opanijé Vem chegando
Oluaiyê!
[TH.O]
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