segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

AHOBOBOI

[Para Luedji Luna]

Quando assim o banzo vem
Quando a terra os pés estranham 
É o sinal para em-tocar-se o ninho;
renovar períodos, ciclos, 
Trocar toda, inteira a pele.

E não mais que de repente
Saber ter em si o soro, o veneno ofídico
E em um bote assim, preciso
serpentear-se iridescente
Entre céus, terras, morros e rios.

E no espelho d'água ver-se refletido
que ao redor de tua íris
pousa um arco colorido.

Entre os ossos e o Ofício
É muito mais do que preciso
caminhar, seguir em frente
Vodunear-se inteiramente.
Ter em mente o seu destino
Fazer da coluna uma serpente.

[TH.O]




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