quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ad Aeternum

“Bê, rê, a - Bra
“Zê, i, lê - zil”
verde amarelo cor de fuzil
mundo bala...

Mundo bola de gude
Que cabe dentro dum livro
Perdido no meio do mundo
Partido entre desenvolvidos
E sub-gente árida e
Tropical
Mundo imundo que
Goza da fome
Se veste da negra miséria
E com a boca podre
Cheirando a lixo
Sorri a morte
em seu estado
desnatural
mundo eunuco
meu peito não pára
quando a boca a mão cala
meu canto pedrada
teu talhado de vidro
estilhaça
planalto central
eu vou cobrar
o que é meu de direito
(ah, se eu vou!)
o sol tropical
o sorriso o meneio
o irmão
a paz
do tamanho de um sonho menino
o grito da alma.
o carnaval
Liberdade, Liberdade!
(ad aeternum)
[210508]

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